Os tempos são de mudança (os que
andam atentos a cada dia que passa, não deixam de efectuar o reparo, os tempos
são sempre de mudança).
Aceite-se ou não, é a realidade e
há que viver com ela.
Acontece é, que neste preciso momento,
nem mesmo o maior especialista em geopolítica pode arriscar uma previsão que
não se revele falaciosa no momento seguinte. O xadrez geopolítico que é o mundo
encontra-se a fervilhar de instabilidade. Nas nossas poltronas assistimos a
lideranças sem poder, enfraquecidas.
Uma pergunta que fica é: temos
fracos lideres pelo mundo inteiro que não consigam lidar com um problema que
alastra séria e gravemente mundo fora?
Será dos lideres e das
lideranças?
Avançando, mesmo que sem
respostas!! (Parece o correr dos eventos e acontecimentos)!
A Alemanha e outros países
encerram o espaço Schengen, constroem muros, edificam vedações, colocam arame
farpado…
Dirão muitos: É uma resposta aos
acontecimentos.
Eis que isto gera um movimento de
reacção automática. É humano? Não será desumano o que se está a fazer? Ninguém
os quer. É uma questão de número? Dividir para parecer bem?
Parece que todos os querem ir
para a Alemanha!!
A pergunta e grande incógnita. Eu
recebia… mas… e se são geadistas ou terroristas estes refugiados. Se vêm com
mulher e filhos ainda «disfarçam», mas o que vêm sozinhos, esses porque não
ficam e defendem a sua pátria e os seus?
Esta questão dos refugiados. Como
se resolve? Tem solução? Qual? Onde se encontra a resposta que teimosamente não
aparece?
Porque razão todos os dias
dezenas ou centenas, quiçá milhares ou mesmo milhões de pessoas se dispõem a
trocar a sua terra natal pelo desconhecido, criando rotas de refugio e
refugiados mais inimagináveis. Metem pernas ao caminho e a pé, de barco,
comboio ou como podem ou conseguem «fogem» dali, daqueles sítios onde vivem,
atravessam cidades, desertos, mares, montanhas, países inteiros, caminhos sem
fim… qual o fim? Para muitos é mesmo o fim inevitável. Inevitável?
Daqueles sítios ou lugares de
onde «fogem», de onde desertam a morte espreita. Espreita de todo o lado. É da
porta, da janela, das suas arruinadas casas, dos familiares, dos vizinhos, já
nem se confia em ninguém. É tudo tão mau, que morrer por morrer, arrisca-se a
chegar a sítios onde supostamente os governantes são humanos, de confiança, de
segurança. É também uma morte quase certa, é embarcar numa jornada rumo ao
desconhecido. Faz lembrar os aventureiros homens do mar descobridores que havia
neste canto do mundo.
Muitos ainda tentaram defender a
pátria dizem. Mas isso não é mais opção. Que pátria? Já não há. Governos
oposições armadas, jeadistas, salafistas, islamistas radicais do Estado
Islâmico, do Boko Haram, da Al Qaeda e de milhentos grupos armados e
terroristas e fações duns ou doutros, radicais, marcenários, … tudo isto tornou
uma parte do mundo inabitável. As pessoas fogem de lá.
Não sobrou nada, não há como
sobreviver.
Uma solução, quiçá a melhor ou
única solução para o problema. Eliminar o problema que existe nesses locais.
Pois, certo e sabido, mais cedo
ou mais tarde instala-se nos nossos recantes pacíficos. E depois vamos para
onde? Para Marte?
Acolher bem, tratar bem, como
gostaríamos que nos tratassem a nós, mas resolver mesmo o problema da Síria, da
Líbia, do Afeganistão, do Paquistão , dos países da África subsariana e outros
casos mais prementes.
O Inverno aproxima-se e a crise
de refugiados vai tornar-se uma supertragédia.
Voltando ao inicio! Não é porque
temos lideres fracos, é porque temos lideres sem poder, o que faz deles lideres
fracos.
Isso acontece porque deixam
aprovar leis que lhes cortam o poder. Hoje o poder é financeiro, supraglobal,
está num nível onde refugiados e assistência a refugiados e guerra e paz fazem
parte dum vocabulário menor. Só quando toca em superpaíses tipo Rússia ou EUA
se faz alguma coisa.
Aguardemos desenvolvimentos, no
nosso pacífico país, na nossa confortável poltrona.